Tudo certo. O campeonato acreano de futebol profissional deste ano começa no próximo domingo, dia 20 de janeiro. Por coincidência (ou não), o dia dedicado a São Sebastião, mártir católico cuja representação iconográfica é um sujeito amarrado num poste flechado por todos os lados.
Não sei se isso vai importar alguma coisa quando a bola começar a rolar. Mas, como São Sebastião é padroeiro de Xapuri, isso pode significar que nesse campeonato prestes a começar, um time do interior pode se dar bem. Náuas, Humaitá e Plácido de Castro seriam, então, os melhores cotados.
O cruzeirense Náuas, a propósito, que nos últimos campeonatos tem apanhado mais do que couro de tamborim em época de carnaval, de acordo com notícias que uns pássaros me trouxeram por esses dias, vem recheado de jogadores do sul do país. Vem com disposição para ser protagonista.
No caso do Humaitá, ali das proximidades de Porto Acre, essa fórmula de importar uma galera de outras paragens já não se pode mais dizer que seja uma novidade. No ano passado já foi assim. E se o time não chegou às finais, pelo menos se comportou muito bem dentro das famosas quatro linhas.
E no Plácido de Castro, que se despediu da temporada anterior levando uma goleada do amapaense Santos, na Série D, a ordem é deixar as águas passadas (seja do rio Abunã, seja do igarapé Rapirrã) seguirem correndo rumo ao Oceano Atlântico, e captar ventos novos para futuras conquistas.
Mas como a tanga que São Sebastião vestia no dia da sua execução era vermelha, um campeonato que começa no dia do referido personagem pode indicar que um time que usar essa cor na camisa tem grande chance de ser feliz. Aí, meus caros, nesse caso, tudo leva a crer que deve dar Rio Branco.
Ou então, Independência, tricolor que de vez em quando também se veste de vermelho. Tudo bem que não é um vermelho assim daqueles vivos, tipo poente, mas uma variação dessa cor que pode ser tida como tal. O Tricolor do Marinho Monte já sabe: vai ser mais vermelho do que sempre.
Sei. Correndo por fora, nessa onda do 20 de janeiro, tem o São Francisco. Santos podem se entender. Podem muito bem estabelecer algum tipo de pacto: o que vence o campeonato fica incumbido de percorrer todas as igrejas do planeta tirando as flechas do corpo do outro. Um trato razoável!
Os outros concorrentes? Bem, eles também tem lá as suas marcas. O Andirá é morcego, gosta de sangue (vermelho). O Atlético usa números vermelhos na camisa. O Galvez tem um uniforme de predomínio vermelho. E o Vasco tem uma cruz vermelha no escudo. São Sebastião que se vire!