Eis que neste final de semana os acreanos do Atlético e os tocantinenses do Gurupi se enfrentam naquela que eu chamo de segunda batalha das oitavas de final da série D de 2017. Quem conseguir passar segue na luta e continua sonhando com a subida à série C do ano que vem.
No combate passado, lá na casa do Camaleão do Sul, o Gurupi venceu. Os tocantinenses fizeram valer o mando de campo, como deve mesmo ser praxe em confrontos de ida e volta. Agora, seguindo essa lógica (nem tão irrefutável assim), é a vez do Galo cantar bem alto no seu terreiro.
Pelo que eu li nos sites, o Gurupi vai jogar no Acre reforçado com um lateral-esquerdo recém-contratado e devidamente regularizado. Imagino que seja um jogador importante. Para ser contratado assim no meio da disputa e regularizado tão às pressas, deve ser sim um sujeito importante.
Pelo que eu também li nos sites, o Atlético vai jogar desfalcado do seu jogador mais criativo. De acordo com os relatos, o meio campo Polaco sofreu uma contusão e vai ficar pelo menos três semanas de molho. Um desfalque, esse do Polaco, eu diria, num momento totalmente inoportuno.
Tudo bem, tudo bem… Eu sei que um único jogador não ganha nem perde um jogo sozinho (nem mesmo Neymar, Messi ou Cristiano Ronaldo podem ganhar sem a ajuda dos companheiros). Futebol é esporte coletivo. Mas alguns jogadores fazem muita falta quando não podem ir a campo.
O Atlético, aliás, tem perdido jogadores referenciais ao longo da disputa da série D, seja por contusão, seja por suspensão, seja por algum tipo de incidente de percurso que culmina com uma rescisão de contrato. Casos, nessa última questão, do volante Joel e do zagueiro Pé de Ferro.
Salvo engano, não houve tempo (ou dinheiro) para o Atlético promover a reposição dessas duas peças, ambas de extrema relevância para o sistema defensivo da equipe. E se uma peça não é reposta, naturalmente que o sistema como um todo vê diminuída a sua capacidade de produção.
Desfalques e baixas à parte, que não adianta ficar chorando o leite derramado, têm mais algumas coisinhas que precisam ser lembradas para apimentar ainda mais essa segunda batalha entre Galo e Camaleão. A principal é que foi o Gurupi que eliminou outro acreano da Copa do Brasil.
Depois de despachar o Figueirense, jogando na Arena da Floresta, o Rio Branco foi ao Tocantins e perdeu para o Gurupi, deixando a Copa do Brasil na segunda fase. Se o Atlético não tiver sucesso neste final de semana, poderá estar começando aí um incômodo tabu contra os acreanos.