Tite não renovou a seleção à Copa América

Na convocação da seleção brasileira para a Copa América, que começa no dia 14 de junho, com jogo do Brasil contra Bolívia, no Morumbi, 14 jogadores da Copa do Mundo na Rússia foram chamados para o torneio.

Não seria nada demais se a participação da seleção no mundial não fosse contestada pelos resultados. O Brasil só jogou bem uma partida, que foi contra a Sérvia. Os outros jogos deram para o gasto ou foi mal.

Tudo bem é uma competição sul-americana, em casa, onde o esquema de jogo de Tite, um híbrido de futebol europeu com o brasileiro, ou seja, nem uma coisa nem outra, talvez até funcione.

Na Copa deu resultado contra equipes de padrão de jogo mais sul-americano, como a do México e da Costa Rica. O problema é que realmente não se sabe como andam esses jogadores da seleção pós-Copa e agora convocados para a Copa América.

Não estou falando nem muito tecnicamente, mas de seu desejo mesmo de atuar na seleção, defender a camisa, depois de amargar uma saída precoce do Mundial, quando tinha tudo para ir pelo menos até a semifinal da competição.

Depois da Copa de 2014, o ideal era mesmo fazer forte mudança, com a tragédia que foi o Mundial no Brasil. Agora, claro, não precisava radicalizar tanto.

Mas vejo também que as opções de Tite são menores em várias posições. Pode ele ainda ter escolhido trabalhar com um grupo que conhece, por razões táticas.

Ninguém sabe ao certo qual será o comportamento da seleção na Copa América. Todos os jogadores foram convocados por estarem bem em seus times ou serem imprescindíveis à seleção.

Mas com a camisa do Brasil em campo, na frente de sua torcida disposta a cobrar o título da competição a qualquer custo, não se sabe qual será a reação.

Parte importante dos jogadores saiu muito cedo do Brasil para atuar no exterior e perderam vínculos aqui, desde a relação com a imprensa até como as pessoas enxergam o selecionado brasileiro.

Essa Copa América é um teste para entender o estrago no futebol brasileiro pós-Copa 2014, o interesse do torcedor e o limite de sua paciência com a seleção. Vamos ver se Tite arriscou certo.