Rio Branco e Atlético Acreano percorrem trajetórias absolutamente opostas na série D de 2016. Enquanto o Estrelão entra em campo para cumprir o último compromisso da primeira fase sem chance de seguir vivo na competição, o Galo, classificado por antecipação, tem ponto sobrando.
Essa diferença de desempenho acompanhou as duas equipes acreanas desde a primeira rodada, quando o Rio Branco tomou um “couro” de 3 a 1 do roraimense Náutico, jogando em Boa vista, e o Atlético sapecou clássicos e cômodos 4 a 2 nos amapaenses do Trem, na Arena da Floresta.
É certo que naquele momento qualquer exercício de como seria o futuro imediato se configurava em mera especulação. De verdade mesmo, ninguém poderia garantir que o Atlético seguiria a vida jogando em alto nível, nem que o Rio Branco mergulharia num poço de tanta profundidade.
Houve até quem afirmasse que não era nada demais um time perder jogando fora de casa, sem o incentivo dos seus torcedores (caso do Rio Branco). Assim como houve também os arautos da desconfiança dizendo que o time anfitrião tem a obrigação mesmo de vencer (caso do Atlético).
Eis que sobreveio a segunda rodada, os mandos se inverteram, o Rio Branco recebeu em casa o paraense São Raimundo, e o Atlético foi a Manaus enfrentar o Nacional. Aí, creio, nesse momento tudo ficou mais claro: o Estrelão levou outra pancada; já o Galo voltou com um pontinho.
Terceira rodada: Rio Branco 3 a 0 no Rondoniense, em casa. Eu tive a esperança que o Estrelão retomaria a trilha do arco-íris. Atlético 1 a 1 com o Genus, em Porto Velho. Invencibilidade mantida, liderança do grupo garantida. O Galo demonstrou que podia se dar bem em qualquer terreiro.
Quarta rodada: o Rio Branco voltou a trilhar o caminho do calvário e levou de 3 a 1 do Rondoniense, na terra deste. Enquanto isso, o Atlético fez valer o potencial da sua artilharia e goleou o Genus por 4 gols a 0, no Estádio Florestão. O sangue azul do Galo desenhou um céu de brigadeiro!
Quinta rodada: a vexaminosa participação do Rio Branco atingiu a sua maior altura e o time levou de seis a zero do São Raimundo, em Santarém. A torcida estrelada chorou e rangeu os dentes. O Atlético, por sua vez, soberbo, bateu o Nacional, em casa, e cantou bem alto no pedaço.
Sexta rodada: em clima de melancolia o Rio Branco recebe o Náutico, só para se despedir de um ano que talvez fosse melhor não ter existido. Já o Atlético se dá ao luxo de não levar seus titulares para o compromisso de Macapá. Enquanto o Estrelão é “oito”, o Galo é “oitenta”!