O Atlético Acreano viveu um fim de semana perfeito. Devolveu com juros e correção monetária a derrota sofrida anteriormente para o Gurupi e, por conta disso, deu um passo a mais na sua tentativa de chegar à série C do campeonato brasileiro. Agora falta só outro passo. Só mais um mero passinho.
De acordo com o que me relatou o editor Manoel Façanha, o principal fator para a vitória do Atlético de forma tão contundente (três a zero) foi a postura do Gurupi, que teria tentado explorar a vantagem obtida na partida de ida. Façanha disse-me que os tocantinenses jogaram por apenas uma bola.
Jogar por uma bola significa ficar esperando a iniciativa do adversário, para sair num contra-ataque, fazer um golzinho e voltar para o sistema do “ferrolho”. Ou seja: apostar que o adversário vai sair atacando de qualquer jeito e se aproveitar de um descuido, uma brecha na defesa inimiga.
Mas aí, ainda no dizer do Façanha, aconteceu foi o contrário disso. O Galo gostou do jogo, foi pra cima e os gols foram saindo de maneira natural, quase automática, dado o volume das ações do time acreano. A soma de todos os fatores foi fatal, para júbilo da apaixonada torcida azul celeste do Atlético.
Até aqui o Atlético tem se mantido forte nos seus domínios. No estádio Florestão, o adversário que entra sem GPS pode se considerar perdido. Então, levando-se em conta que nas quartas de final novamente o time acreano fará o jogo da volta em casa, basta tentar manter a boa fórmula.
Mas tem uma coisa. Dizendo assim como eu disse, “manter a boa fórmula”, até parece fácil, cartesianamente fácil. Infelizmente não é desse jeito. O próximo adversário, o gaúcho São José, não chegou até aqui por acaso. Chegou por competência e deixou muita gente boa estendida no chão.
O Atlético vai precisar jogar como nunca, principalmente quando visitar o São José nos pampas. Precisa acreditar no seu potencial e entender que são onze contra onze. Atacar os gaúchos sem medo de ser feliz. E sem essa de jogar por uma bola, como fez o Gurupi no final de semana recém passado.
Aliás, pra falar a verdade, eu acho que não existe outro jeito de jogar para esse time do Atlético que não seja agredindo o adversário. Fazer gols está implícito na maneira do técnico Álvaro Miguéis armar a equipe. E eu diria até que atacar está no DNA dos craques do Galo: Polaco, Careca, Rafael, Eduardo…
Por último, não se deve esquecer que essa é a segunda vez que o Atlético chega às quartas de final da serie D. No ano passado o Galo foi eliminado dentro de casa, nessa fase, pelo maranhense Moto Clube. Vamos torcer para que o raio não caia no mesmo lugar. Escrevo e bato na madeira três vezes!