Vacina parcialmente liberada

Eis que depois de uma longa paralisação, o campeonato acreano de futebol deste Ano da Graça de 2020 vai recomeçar neste domingo, com uma rodada dupla, no Florestão. A partir das 15 horas, enfrentam-se São Francisco e Vasco. Depois jogam Andirá e Humaitá. Duelos de pequenos!

Confesso que fiquei um tanto preocupado quando eu soube que o campeonato acreano teria sequência, levando em conta que a gripezinha (no dizer dos negacionistas de plantão) continua matando gente por aí. É que eu sou adepto da filosofia que dita sempre doses de cautela e de sopa de galinha.

A cautela e a sopa de galinha (ou o caldo da dita penosa, no pensamento dos mais, digamos, ressabiados) tanto não fazem mal a ninguém como ainda tem o poder de prevenir situações desagradáveis e/ou perigosas. Sem contar que um caldo desses costuma revigorar até os já desfalecidos.

(Quanto ao “negacionismo”, acho mais do que pertinente criar um parênteses para a devida explicação, é a escolha que alguns mentecaptos fazem no sentido de “negar a realidade como forma de escapar de uma verdade desconfortável”. A recusa de aceitar uma realidade verificável).

Parênteses feito e voltando ao fio da meada, o que eu dizia era da minha preocupação da volta do campeonato acreano em tempos de pandemia. Tá certo que os campeonatos estão voltando em todos os lugares. Mas aí é problema lá deles, caso (Deus o livre!) a curva do vírus volte a subir.

Então, lá pelas tantas eu resolvi socializar a minha preocupação com alguns chegados (eu sempre socializo as minhas preocupações, para evitar a paranóia). E o que eu recebi de volta deles, com a recomendação de que não divulgasse os seus nomes, foram boas explicações de que não existe perigo.

Num resumo, o que os meus chegados disseram para garantir que os personagens (jogadores, comissões técnicas, diretorias, mesários e árbitros) envolvidos na disputa do returno do campeonato acreano estarão à salvo do vírus foi que todos já tomaram as suas doses daquela vacina feita na Rússia.

Ante a minha perplexidade, choveram argumentos dos meus chegados, louvando as maravilhas da globalização que fazem transportar em tempo recorde (e no mais profundo sigilo) doses de vacina entre regiões geograficamente tão distantes quanto a Rússia e os confins da Amazônia.

De acordo, ainda, com esses meus chegados, jornalistas esportivos não foram liberados para tomar a vacina russa. E assim, se tudo isso for verdade, não somente os protagonistas dos espetáculos estarão absolutamente seguros dos efeitos do vírus como os jogos transcorrerão no mais absoluto segredo!