Agora que a gente já sabe que o dólar não vai baixar mesmo e que as empregadas domésticas estão proibidas de viajar para a Disney (de acordo com a ideia do banqueiro lá do Planalto), eu acho que nós não temos mais motivos para apreensão. Afinal, este é um país que vai sempre pra frente.
O engraçado (ou seria trágico?) disso tudo é que os caras encastelados no poder diziam que o dólar ia ficar estabilizado caso fosse aprovada a reforma da Previdência, mais isso e mais aquilo. Veio a reforma e o dólar, em vez de estabilizar, fez foi disparar, para azar das empregadas domésticas.
Tudo isso à parte, porém, já que nós não temos mais que nos preocupar com a invasão da Disney pelas trabalhadoras da coxia, vamos ao que interessa, que é o futebol nosso da cada dia. Pra mim, uma coisa não pode ser dissociada da outra. Tudo está inexoravelmente ligado, sim senhor.
No meu entendimento, foi essa alta do dólar (ou a proibição das empregadas domésticas de viajar para o exterior) que fez o Fluminense perder a semifinal da Taça Guanabara para o Flamengo. Isso e mais os gols anulados do Fluzão. Uma vergonha. Tudo gol mais do que legítimo. Rsrsrs.
Explico: o tricolor carioca já estava em negociações para trazer algumas montadoras de carros para trabalhar nas Laranjeiras. Se o Botafogo agora tem Honda, o Fluminense bem poderia se associar à Ford, ou à Volks, ou outra qualquer… Então veio a alta do dólar e o acordo foi para o espaço.
Aí, naturalmente, que ninguém é de ferro, por conta das negociações frustradas, o time teve aquele apagão no primeiro tempo do jogo contra a turma do urubu. Levou três gols ligeirinho. Reagiu no segundo tempo, mas aí não deu mais para se livrar do prejuízo. Culpa do dólar e das domésticas.
Provavelmente (embora isso seja mera especulação), foi por conta também da alta do dólar que os times do Acre se deram mal na Copa do Brasil. O Galvez se viu impossibilitado de escalar o pessoal do Bope na defesa. E o Atlético teve que dispensar os serviços do seu macumbeiro.
Aí deu no que deu. O Galvez perdeu em casa para o goiano Vila Nova (0 a 1) e o Atlético perdeu alhures para o pernambucano Afogados (0 a 3). O Vila Nova chegou ao gol do Galvez usando a cabeça (os caras são inteligentes). E lá no sertão, enfiaram um mandacaru no pescoço do Galo.
É isso, meus caríssimos leitores… Como diria o poeta, “assim caminha a humanidade”. Pra frente é que se anda… Eu quero é botar o meu bloco na rua, que o carnaval já está ali na esquina… Com o dólar nas alturas, a avenida vai encher de gente pelada… Precisava isso? Vai que é tua, meu banqueiro.