Léo foi sepultado na tarde de ontem no Cemitério São João Batista. Foto: Manoel Façanha

Vasco-AC perde Léo, o eterno mascote da Fazendinha

O futebol acreano perdeu na madrugada da terça-feira (5), no Hospital Urgência, Emergência de Rio Branco (HUERB), o desportista Manoel Rodrigues Casas, o Léo, 66, que por décadas vivenciou a figura do mascote da Associação Desportiva Vasco da Gama-AC.

Irmão do cronista esportivo Alberto Casas e do ex-zagueiro Roberto Casas, ex-Independência, Léo era portador da síndrome de Down e nos últimos meses esteve debilitado. Na semana passada, Léo sofreu um procedimento cirúrgico para a retirada de um coágulo no cérebro. No pós-operatório acabou contraindo uma infecção e acabou indo a óbito devido infecção múltipla dos órgãos.

Morador do bairro da Mangabeira, Leo viveu boa parte da sua vida dentro da Fazendinha, campo do Vasco da Gama. Lá conviveu com vários presidentes do clube (Almada Brito, Paulo Maia, Aroldo, Braña, Raimundinho entre outros), além de centenas de jogadores do time cruz-de-malta. O apego dele para com o clube era tão grande que acabou virando mascote da agremiação por mais de três décadas.

O irmão, o cronista esportivo Alberto Casas, comentou que Léo desafiou a ciência. “Para uma pessoa que era portadora da síndrome de Down, só tenho a dizer que ele (Léo) desafiou a ciência ao viver até os 66 anos”, falou emocionando Alberto Casas.

Sobre a personalidade do irmão, Casas comentou que Léo era uma pessoa muito alegre e bastante querida na região da Mangabeira. “Tinha dia que Léo, ainda jovem, sai pela manhã de casa e retornava à noite, realizando refeições na casa de amigos, assim como na pensão da Marivalda”. Ou seja, o Léo era o filho querido da Mangabeira.

O presidente do Vasco da Gama, Renato Machado, ao tomar conhecimento da morte de Léo, encaminhou ofício a Federação de Futebol do Acre, solicitando um minuto de silêncio na estreia do Vasco da Gama na disputa do returno do estadual, sábado, contra o Atlético Acreano, às 15h45, no estádio Florestão.